Só que não!

De tanto regar, achei que desaguou. A estrela cadente passa e se acha em algum lugar, ela não deixa de brilhar, muito menos de existir.

A tarde escureceu, os olhos fecharam e a esperança acabou, a construção desabou e o óbvio deixou de sê-lo. Tudo acabou, mas só que não.

Não, porque já era antes de ser, então não poderia deixar de existir em um simples relâmpago de interferências contraditórias e infames. Dizem que na dor é que se mede, que se prova e que se fazem as aferições necessárias pra se tornar realmente algo sólido.

Quando desço avisto no outro lado do abismo aquilo que o amor me dizia ser a escolha sensata a fazer, e achei impossível, mas o seu salto no abismo foi o mais humano, lindo e humilde que já vi. Me desagarro de mim e na girada da câmera avistei braços entrelaçados, porém os corações enrugados e ceifados pelo medo de se perder. Mas depois de horas o “só que não” começou a se realizar.

A manhã chegou, a esperança reapareceu, a construção reconstruiu e o obvio não necessariamente era mais obvio, mas era realidade. As palavras começaram a fazer sentido e as cores voltaram a brilhar.

A perfeição, a paciência e equilíbrio não necessariamente precisam estar sempre ativados, nem mesmo a melancolia deve ser ignorada, não somos aquilo que planejaram que fossemos. Mas se partimos do ponto de que o lado bom da vida se chama amor, não importa o tamanho do abismo que na frente está, porque o amor é o próprio criador.

Menos respostas!

Se partimos do ponto de que presisamos viver antes de obter as respostas adequadas para cada situaçãos vivida, as respostas “subtrairiam-se”. Não procure respostas na vida dos terceiros, porque quem as tem são eles. Você apenas poderá responder as perguntas relacionadas aos seus questionamentos.